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UFRB e TOPA promovem, em Cruz das Almas, primeira formação em Tenda Cigana

A última sexta-feira (08) foi um dia de ação inovadora no TOPA-UFRB. A equipe da PROEXT realizou a primeira formação em tenda cigana, em Cruz das Almas, numa parceria com o Programa TOPA, UFRB, DIREC 32, Secretaria de Educação de Cruz das Almas e as comunidades ciganas do município. A iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão reuniu professores e ciganos em torno da educação na diversidade e para a cidadania. As atividades fazem parte das Ações Inovadoras desenvolvidas pela UFRB, através do TOPA que, além da formação em tenda cigana, desenvolve cinema na zona rural, encontro de mulheres e de juventude, feira da cidadania, visita a museus e instituições de pesquisa, dentre outras.

A iniciativa visa o respeito à diversidade cultural, a interação com as comunidades ciganas e a valorização da identidade cultural do Recôncavo Baiano.

Para o Reitor da UFRB, Paulo Gabriel Soledade Nacif, a UFRB "tem compromisso com a alfabetização no Recôncavo Baiano. E este processo só será possível se incluir todas as culturas e etnias. Esta ação é importante para inclusão cidadã do povo cigano da Bahia. Ficamos todos honrados em ver a UFRB cumprindo a sua função social, justificando o nosso papel no desenvolvimento territorial".

A Coordenadora de Extensão Valdiria Rocha, responsável pelo TOPA na UFRB, avalia que "o encontro foi de extrema importância para o reconhecimento da cultura cigana, tanto pela universidade como pela comunidade local que participou, e para o incentivo à educação junto ao povo cigano, quebrando as resistências e o pré-conceito com a educação das mulheres. Para a UFRB, também é importante o contato por abrir possibilidades de ambientes novos para o ensino, a pesquisa e a extensão, em cultura e sociedade".

A formação contou com depoimentos do casal cigano Robelito Cordeiro e Arlete Cordeiro, além de palestras do historiador Roque Sérgio (FAMAM) e do professor Jucelho Dantas (UEFS).

O professor Jucelho Dantas é agrônomo, mestre em Ciências Agrícolas e doutor em Biologia. Por ser cigano, Jucelho falou sobre a sua experiência e afirmou que o processo de escolarização e formação não é antagônico à preservação da cultura e das tradições ciganas. Para ele, a sua participação no encontro serve para motivar seus colegas ciganos a estudarem. Para Jucelho, eventos deste tipo são importantes também para acabar com o preconceito contra o povo cigano.

"Quando alguém comete um crime, foi aquela pessoa que fez. Entretanto, quando o acusado é cigano, a culpa e o preconceito fazem com que aquele crime recaia sobre todos os ciganos. Isso é preconceito", disse o doutor Jucelho.

Para o cigano Robelito Cordeiro Cardoso, a educação dentro de uma etnia cigana "é como se fosse a união de todos os continentes, formando a Pangea. A gente pode unir todos os ciganos em torno da educação", disse Robelito.


Assessoria de Comunicação da UFRB

 

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