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Pesquisadora desenvolve mapa interativo da UnB

Protótipo criado traz o mapeamento de toda a biblioteca, com informações detalhadas sobre cada cômodo. Projeto pode ser estendido aos quatro campi

Brasília (DF) - A arquiteta Mona Lisa Choas desenvolveu o protótipo de um sistema de informações que pode solucionar a dificuldade diária de muitos estudantes, professores, servidores e visitantes em localizar endereços nos mais de 505 mil metros quadrados de área construída somente do campus Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília (UnB). Fruto de pelo menos dez anos de pesquisa, em parceria com técnicos da Prefeitura e do Centro de Informática da Universidade de Brasília, o protótipo resultou em dissertação de mestrado defendida pela pesquisadora no Instituto de Geociências.

A utilização do sistema para toda a universidade, incluindo os campi de Ceilândia, Planaltina e Gama, deve ser analisado pelo novo Decanato de Planejamento da UnB, que começa a funcionar no primeiro semestre letivo do ano.

O protótipo desenvolvido por Mona Lisa traz o mapeamento de toda a Biblioteca Central da UnB. O sistema permite visualizar em um endereço na internet a planta de todo o prédio. Ao clicar em cada um dos cômodos, o usuário acessa informações detalhadas sobre o que funciona no local.

A ideia é que o sistema, se implantado em toda a universidade, mostre, por exemplo, a capacidade de alunos de cada sala de aula, laboratório e auditório disponíveis na planta acessada. “Os testes que fizemos alcançaram 100% de sucesso e retrataram exatamente a realidade da biblioteca”, comemora a pesquisadora. “A pessoa vai ser capaz de visitar a universidade sem estar nela”, afirma Mona Lisa.

O nível de detalhamento previsto exigirá, entretanto, permanente atualização. "A informação terá de ser revista constantemente", explica Mona Lisa. "O ideal seria que isso acontecesse pelo menos a cada três meses", completa.

Os dados que serão utilizados pelo sistema estão concentrados atualmente na Prefeitura da UnB, mas não de forma sistematizada. "As informações estão distribuídas em planilhas de Excel e plantas digitalizadas, mas não sistematizadas em um banco de dados unificado", revela a pesquisadora. Atualmente, a universidade dispõe apenas de mapas fixados como placas em algumas unidades.

IMPLANTAÇÃO – Mona Lista afirma que já existe um plano de trabalho para implementar o sistema, caso seja aceito pelo Decanato de Planejamento, onde o projeto aguarda para ser analisado. “O próximo passo é fazer a programação dos dados alfanuméricos. Essa etapa deve estar concluída em quatro meses”, conta. “A partir daí, o sistema já poderá ser aberto para uso da administração”. Após essa fase, segundo Mona Lisa, as unidades acadêmicas devem indicar os responsáveis por atualizar os dados do sistema. Mona Lisa explica que o projeto pode ser ampliado no futuro também para a malha viária que corta os campi.

O protótipo desenvolvido por Mona Lisa integra um projeto ainda mais amplo de geogestão coordenado pelo professor Antônio Nuno, orientador da pesquisa de Mona Lisa. “Essas pesquisas concentram-se na integração de dados alfanuméricos e espaciais e como isso pode beneficiar os processos de gestão”, explica o professor.

Segundo ele, a geogestão pode proporcionar às instituições uma logística mais eficiente, diminuindo custos e garantindo maior transparência na administração. O projeto também tem o apoio do professor Mamede Lima, diretor do Centro de Pesquisas em Arquitetura da Informação (CPAI).

Uma década de pesquisa – O desenvolvimento do sistema tem história de mais de uma década. O começo de tudo foi no trabalho de endereçamento e sinalização do campus Darcy Ribeiro feito pela prefeitura do campus, onde Mona Lisa trabalhou até 2010, para 52ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 2000. Nesse período, foram coletados informações textuais, numéricas e geográficas do campus para o emplacamento das vias e a instalação de totens na frente dos prédios.

Em 2007, Mona Lisa juntou também ao projeto equipe do Centro de Informática. “Essa etapa garantiu que o sistema pudesse conversar com outros bancos, dentro e fora da UnB”, conta. Ao mesmo tempo, Mona Lisa iniciou o desenvolvimento do protótipo para testar o sistema, que resultou na dissertação de mestrado.


Assessoria de Comunicação da UnB

 

 

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