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Sexta, 03 de Setembro de 2010 - 15:30
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, inauguraram nesta sexta-feira, 3, na cidade gaúcha de Santa Maria, obras de infraestrutura física em quatro universidades federais do Rio Grande do Sul. Em discurso, o presidente disse que, durante seu governo, pôs em prática “uma palavra mágica e simples – o óbvio”.
“Se cada governante fizesse o óbvio, não erraria e faria a revolução que o Brasil fez neste governo”, afirmou Lula. Na educação, o óbvio, segundo o presidente, foi ouvir reitores, estudantes, educadores, a população, “fazer os investimentos que eles estavam reclamando há décadas e reverter condições precárias e desfavoráveis”.
De acordo com o presidente, no começo da sua administração a Secretaria de Desenvolvimento Estratégico fez uma pesquisa por telefone com milhares de pessoas para saber o que elas queriam do governo. A resposta principal, unânime, foi que 100% queriam educação de qualidade. Mas quando os entrevistadores perguntaram se era possível atingir isso, 80% das respostas foram não.
“O povo sabia, mas não acreditava”, disse. Foram as respostas descrentes da população que, de acordo com o presidente, desafiaram o governo a tomar a decisão de investir na educação em todos os níveis, da creche à pós-graduação, na formação de professores, na expansão e no equipamento das universidades federais e na rede de educação profissional e tecnológica. “Também foi nessa época que proibi o uso da palavra gasto em educação e adotei o investimento como palavra de ordem no governo.”
Barreiras – Também na sede da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o presidente Lula afirmou que foi ele quem rompeu um preconceito cultivado há anos por governantes que o antecederam – o de não receber reitores, estudantes, trabalhadores, prefeitos. “Era um medo absurdo”, na avaliação de Lula. “Se não recebo ninguém, pra quem estou governando? O que faço na presidência da República?”
“Minha resposta”, prosseguiu Lula, “foi receber os reitores das universidades federais todos os anos, ir a todas as marchas anuais dos prefeitos com a equipe de ministros, receber representações dos estudantes sempre que eles pediram um encontro”. “Encontrei todos e nenhum me tirou pedaços.”
Lula se disse orgulhoso por ter aberto as portas do Palácio do Planalto aos deficientes visuais para que entrassem com seus cães guia, enquanto nos trens do metrô, nos shopping, nos cinemas eles era repelidos por causa dos cães que os acompanhavam. “Eu entendi que se o cego não entrar com seu cachorro, ele deixa os olhos do lado de fora.” O mesmo tratamento respeitoso, afirmou, tiveram os catadores de papel, moradores de rua, sem teto, trabalhadores.
Assessoria de Comunicação do MEC