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Sexta, 10 de Dezembro de 2010 - 15:40
As perspectivas e novos modelos para a educação superior brasileira de 2011 a 2020 foram discutidas na quarta-feira, 8, e na quinta, 9, no Conselho Nacional de Educação (CNE). O encontro de educadores e especialistas foi inspirado na tendência mundial de aliar o avanço do conhecimento científico com o desenvolvimento social e econômico, de forma a garantir a sustentabilidade e a qualidade da formação em nível superior.
“Queremos encontrar saídas e soluções que sejam contempladas pelo novo Plano Nacional de Educação”, disse o presidente do CNE, Antônio Carlos Caruso Ronca. Segundo ele, a faixa da população brasileira até 30 anos de idade na educação superior era de 8% em 1999. Em 2009, chegou a 11%. “Esse crescimento é lento se comparado ao do ensino médio, que no mesmo período passou de 20% para 50% de acesso.”
De acordo com o presidente da Câmara de Educação Superior do CNE, Paulo Speller, todos os setores da educação superior devem elaborar coletivamente um documento bem fundamentado sobre modelos capazes de garantir avanços na próxima década.
O representante no Brasil da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Vincent Defourny, explicou que o debate é um desdobramento da Conferência Mundial de Ensino Superior, realizada ano passado, que reafirmou a educação superior como bem público e direito fundamental. Ele aponta avanços no Brasil com o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), mas adverte que restam metas a perseguir, a exemplo da inclusão do ensino superior privado nos marcos regulatórios, a criação de uma agência nacional para controle da qualidade do ensino e a ampliação do papel do ensino superior no desenvolvimento social.
Assessoria de Comunicação Social