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Quarta, 25 de Agosto de 2010 - 14:13
Tomou posse na manhã desta quarta-feira, 25, o primeiro reitor da mais nova universidade federal criada no processo de expansão da educação superior, a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Ele é Paulo Speller, mestre em psicologia e doutor em ciências políticas.
O novo reitor foi empossado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em cerimônia que contou com a participação do secretário geral das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Eloy Ferreira Araújo.
Para o ministro, a implantação da Unilab está inserida em contexto de colaboração para o aprimoramento do contexto socioeconômico dos países beneficiados. “O Brasil e os países da África possuem muitas questões e problemas em comum, que precisam ser enfrentados com a produção de conhecimento científico. Essa nova universidade terá o potencial de desenvolver tecnologias que poderão ser aplicadas dos dois lados do Atlântico”, destacou.
Paulo Speller informou que a Unilab já começou a constituir seu corpo docente, sendo parte dele oriundo de países africanos e composto por professores negros brasileiros. “E todos estão lá por seu mérito”, destacou.
A intenção é que haja uma expansão gradual da oferta de vagas para todo o continente africano, inicialmente para os países de língua portuguesa. Estudantes dos cinco países africanos de língua portuguesa – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe – e dos asiáticos – Timor Leste e Macau – serão os beneficiados estrangeiros na Unilab.
“A presença de traços da lusofonia impressiona”, comentou o reitor. “Em cada região que passamos encontramos essa origem e recebemos a reivindicação de participação na Unilab.” Pretende-se que o diploma emitido pela Unilab seja válido também no continente africano, fazendo com que o estudante volte a seu país e contribua para o desenvolvimento local. “É um processo de cooperação mútua e solidária, em que temos algo a ensinar e muito a aprender” salientou Speller.
Sediada na cidade de Redenção (CE), a primeira a abolir a escravidão, a nova universidade terá como diferencial o intercâmbio com países africanos de língua portuguesa, além de focar sua atuação nas potencialidades e carências de estados da região Nordeste.
A Unilab oferecerá, inicialmente, 350 vagas distribuídas igualmente entre alunos brasileiros e estrangeiros. Os estudantes brasileiros que pretendam ingressar na Unilab deverão fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os candidatos estrangeiros passarão por processos diferenciados. O início das atividades está previsto para o primeiro semestre de 2011.
A oferta inicial será nos cursos de graduação de enfermagem, agronomia, administração pública, engenharia de energia e licenciatura em ciências da natureza e matemática. A Unilab é a 14ª universidade criada desde 2003, ano de início do programa de expansão das universidades federais.
Paulo Speller foi reitor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). É presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE) e presidiu a Comissão de Implantação da Unilab.
Assessoria de Imprensa da Sesu