Ao encontrar os 35 vencedores do Prêmio Professores do Brasil de 2009, nesta quinta-feira, 3, o ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou que, além do contato direto com quem transforma a escola pública, este é um momento de reconhecimento. “Reconhecimento de quem trabalha com afinco, de quem se dedica às crianças e aos jovens”, disse.
Na quarta edição do Prêmio Professores do Brasil, concorreram 1.027 projetos, inscritos nos segmentos educação infantil (sete premiados), anos iniciais do ensino fundamental (oito), anos finais do ensino fundamental (dez) e ensino médio (dez). Cada professor selecionado recebeu R$ 5 mil em dinheiro, certificado e troféu. A escola na qual a experiência foi desenvolvida ganhou R$ 2 mil em equipamentos audiovisuais ou multimídia.
A formação dos professores foi um dos temas abordados por Fernando Haddad. A plataforma Freire, lançada em junho deste ano, segundo o ministro, é um passo para garantir ao professor a formação inicial e continuada, gratuita e de qualidade. “É o dever de casa que está sendo feito (pelo governo) ao aproximar as universidades do magistério, da escola pública e garantir que todo professor tenha acesso periódico à universidade.”
É compromisso do governo federal, segundo o ministro, garantir que o fluxo de acesso dos professores à educação superior seja contínuo e que as universidades estejam sempre de portas abertas para o magistério. Haddad também disse ter expectativa de que o Senado Federal aprove, na próxima semana, a lei que modifica o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).
A mudança vai permitir a professores que hoje estão no exercício da carreira o financiamento integral da graduação. O benefício se estenderá a estudantes de licenciatura que vierem a se dedicar ao magistério. “Basta ao jovem querer ser professor. Se ele ingressar em curso de universidade comunitária ou particular, o Estado financiará o curso. Se ele atuar em escola pública, não pagará o financiamento”, disse.
O mesmo incentivo será oferecido ao aluno de curso de medicina que estudar com financiamento e, depois de formado, trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS). “Quando o país chega ao ponto de dizer: ‘Olha, professor e médico são assuntos de Estado, são carreiras de Estado’, significa que o Estado vai cuidar disso, com formação, com piso nacional. Que está imaginando um futuro diferente”, assegurou o ministro.
O Prêmio Professores do Brasil é uma iniciativa do Ministério da Educação desenvolvida em parceria com diversas instituições e entidades. Entre os premiados, aparecem com mais projetos professores do Paraná (cinco), Bahia e Goiás (três, cada um). Nesta quinta-feira, 3, e na sexta, 4, os professores participam de seminário, em Brasília, para apresentar e discutir as experiências desenvolvidas.
Ionice Lorenzoni