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Terça, 03 de Maio de 2011 - 11:37
De origem humilde, José Maria Souza de Oliveira, 17 anos, percorreu mais de 3,6 mil quilômetros para realizar o sonho de estudar na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Natural do município potiguar de Assu, ele conseguiu mobilizar a cidade, no sertão nordestino, para chegar a Foz do Iguaçu, Paraná, onde a Unila tem sede.
José Maria estudou a vida inteira em escolas públicas e pretendia ser engenheiro. Oriundo de família que vive no assentamento rural Novo Pingos, ele chegou a ser selecionado pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) para uma faculdade particular em Mossoró (RN). Foi ainda aprovado na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) e na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). “Já estava tudo certo na UERN, onde eu cursaria comunicação social, mas fiquei sabendo da aprovação também na Unila”, explicou.
Com a anuência dos pais, José Maria escolheu Foz do Iguaçu. “Descobri que tinha estudantes de vários países e achei interessante a ideologia da integração”, justificou. No entanto, faltavam R$ 600 para a passagem aérea. “Eu sabia que, conseguindo a passagem, quando chegasse a Foz do Iguaçu estaria amparado”, destacou, em alusão à política de assistência estudantil da Unila — a universidade oferece moradia, transporte e alimentação a estudantes carentes.
Começou, então, a campanha para ajudar José Maria. Antigos professores, da época do ensino fundamental, levaram a história do estudante à Secretaria de Educação de Assu. Dali, a causa ganhou a simpatia de vereadores e até da prefeitura. A mobilização permitiu a José Maria chegar a Foz do Iguaçu.
Sobre a vida na Unila, o estudante potiguar afirma estar encantado com a diversidade cultural encontrada tanto na universidade quanto em Foz do Iguaçu. “Meu caso serve para mostrar aos jovens que superar as dificuldades é possível; basta ter empenho”, salienta. “As coisas que queremos nunca são impossíveis, são improváveis; se lutarmos bastante, vamos fazer do improvável o mais provável possível.”
Assessoria de Comunicação Social da Unila